Jornalismo literário, artigos acadêmicos e reportagens

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Ed_07_abr/jun.2018

MediaQuatro e as realidades e invisibilidades midiáticas

É a partir do primeiro projeto pós-Terezin que começamos a utilizar mais fortemente a MediaQuatro como marca. Assim, em 2002, logo após a morte de Jonas Savimbi e do fim do conflito civil de 27 anos em Angola, percebemos que tínhamos a oportunidade histórica de fazer a cobertura, frustrada dez anos antes, com muito mais…

Jornalistas Livres

A partir de março de 2015, depois de mais um período de estudos em Portugal, onde fizemos e expusemos um protótipo das cruzes duplas que formariam a exposição “Bendito o Fruto”[1], voltamos ao Brasil e nos somamos ao coletivo Jornalistas Livres, como forma de contribuir com as novas narrativas sobre o Brasil, que a grande…

O começo de tudo

A história da MediaQuatro teve não só um, mas alguns começos. O primeiro foi nosso encontro em 1992. Eu, Vinicius, era estudante de jornalismo e Maria Eugênia, de publicidade. Ela já contribuía na elaboração de campanhas publicitárias, inclusive fazendo vídeos com as grandes câmeras VHS de então, porém não tão certa se o seu trabalho…

A Fazenda Santa Cruz

A fazenda Santa Cruz foi o primeiro lugarejo que os quilombolas habitaram. A maioria dos quilombolas pioneiros trabalhava com seringa, roça e o ciclo da pesca. Por volta de 1980, essa terra tinha um dono colombiano, e com o tempo as terras viraram uma fábrica de produtos-base para cocaína. O governo desmontou essa boca, confiscou…

Em direção ao refúgio

Kimia, Salaam, La paix, Mbote e La paz. Todas essas palavras significam em português, “paz”. Seja em lingala, árabe, francês, kikongo ou castelhano, idiomas e dialetos dos refugiados – que frequentemente chegam ao Brasil – todos têm o direito legítimo de buscar a paz. De acordo com o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), só em 2016,…

A luta pelo direito de re“existir”

Pimenteiras do Oeste (RO), segundo IBGE 2017, conta com uma população estimada em 2.500 habitantes. Foi anteriormente habitada por alemães aventureiros que se instalaram na região guaporeana para extrair seringa e ouro no Vale do rio Guaporé. O município faz fronteira com a Bolívia e supostamente recebeu o nome de Pimenteiras devido à cruz negra…

O velho e o aro

O velho arrisca alguns fundamentos do basquete sozinho no parque Max Feffer: movimenta com facilidade a bola por entre as pernas, gira em torno do próprio eixo, avança em direção ao garrafão, salta e arremessa. A bola bate no aro e faz tuim, tuim, tuim, ao quicar no chão da quadra. O velho repete os…

A janela do azul infinito

O município de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, é uma janela que se abre para um azul infinito, calmo, longe de toda a agitação das grandes metrópoles, das cobranças, dos prazos e dos problemas ordinários da vida. Sinto que a paz invadiu ô, amigo, tem como cê dá um espacinho pr’eu tirá uma…

Os cemitérios estão vivos

A primeira vez que coloquei meus pés em um cemitério, não foi por vontade própria. Lembro-me da sensação de não querer voltar nunca mais naquele lugar e, quanto mais longe estivesse dele, melhor. Infelizmente, tive que voltar outras vezes e sempre pelo mesmo motivo. Aliás, creio que a maioria das pessoas só vai a um…

Cemitério de pobre

Bem diferente dos cemitérios ajardinados do Morumbi, na Zona Sul, cinco das oito necrópoles da Zona Leste, a mais pobre e com maior população na capital paulista, são totalmente desprovidos de qualquer tipo de luxo. Lá não costumam ser enterrados os famosos, mas os anônimos, grande parte dos quase quatro milhões de habitantes daquele lado…

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