A viúva de um altruísta

publicado na Ed_06_jan/mar.2018 por

“A vida de todo homem acaba da mesma maneira, são somente os detalhes de como viveu e de como morreu que diferenciam um homem do outro.”

Ernest Hemingway

“Depois de tudo o que eu passei, hoje, a doação voluntária do corpo é a coisa mais normal do mundo para mim.” Foi com essa frase que fui apresentada à realidade de uma mulher extraordinária. Era um sábado de manhã, quando me encontrei com Sônia Regina Pacheco, no Museu de Anatomia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para ela, não havia tempo ruim, estava sempre ocupada e hiperativa – algo que pude perceber após nossos contatos. Apesar de afirmar que se sentia em casa naquele ambiente, consegui observar que seus olhos curiosos estavam inquietos percorrendo o local. Sentamos à grande mesa no centro do museu e, finalmente, parei para visualizar aquela que prometia me contar uma grande história.

Com seus 53 anos, baixa estatura, uma tatuagem de pegadas de cachorro no pulso, Sônia usava roupas confortáveis e estampava um sorriso largo no rosto. Ali, descobri uma grande curiosidade: aquela mulher estava sentada no mesmo local onde seu falecido marido sentou para saber mais sobre a doação de um corpo, antes de assinar seu próprio termo de doação cinco anos antes. Liguei o gravador e fiz uma incisão nos últimos acontecimentos da vida de Sônia.

A vida da administradora com o amor da sua vida, Luis Carlos Ribeiro da Silva, foi recheada de emoções e com muitos reencontros no início. Ele foi seu primeiro namorado, quando ela tinha 14 anos, e se conheceram no bairro de Interlagos, zona sul da capital paulista. “Ele era muito lindo. Loiro com cachinhos nos cabelos, olhos azuis… e ‘galinha’. Ele se achava!”, brincou. “Sempre foi muito intenso e ‘pavio curto’. Ou estava muito alegre ou muito triste, não existia meio termo com ele. Também era muito simpático e querido por todos, então, basicamente, ou amavam, ou odiavam o Luis”, descreveu.

Após um dos rompimentos, Sônia, com 17 anos, passou por uma gravidez (que infelizmente não chegou ao fim), um casamento e uma separação. E depois de tudo isso, ela reencontrou Luis e resolveram finalmente ficar juntos. Quando ele completou 38 anos, teve seu primeiro infarto. No também primeiro cateterismo, a médica, ao analisá-lo, disse que parecia estar fazendo o procedimento em um homem de 80 anos. Sônia relatou, então, que em dez anos de luta, foram nove infartos, fora as crises de angina. O casal começou a estudar muito e a adotar medidas práticas, como as idas ao hospital mais próximo quando algo acontecia. “Quando chegávamos na ala de emergência, as pessoas já nos conheciam e eu ficava dizendo o que os médicos precisavam fazer. Uma atitude ridícula, mas de puro desespero e costume com a situação. Chegamos a um ponto de ficar sete dias no hospital. Enquanto eu me ‘descabelava’, ele era muito pé no chão. Quando o encaminharam para área de transplantes, ele dizia para colocarem um coração em quem realmente precisava e tinha mais chances do que ele”, lembrou.

Após alguns estudos médicos, Luis deu início a um tratamento paliativo, e Sônia sentia o estresse e a tristeza. Sem sossego, ela não conseguia se concentrar ou se dedicar a nenhum tipo de trabalho – e passou por vários empregos. Nos últimos dois anos de vida de Luis, ele já a preparava. “As conversas eram muito difíceis. ‘Você sabe que vai acontecer, né?’, ele dizia tranquilamente e eu desconversava ou me afastava, fingindo que não estava escutando. Aceitar o pior ainda era muito difícil para mim”, ela recordou, sem conseguir conter a emoção e deixou as primeiras lágrimas caírem.

Nessa época, para aliviar sua própria tensão, eles adquiriram um “filho”, um cão vira-lata, que tiraram da rua. Luis era apaixonado por ele e ensinava tudo que podia para ele. Sônia disse que eles eram muito ligados e, quando ele passava mal, o cachorro sentia e ficava da mesma forma. Nesse momento da entrevista, um homem passou vestindo suas luvas descartáveis. Por um minuto, ela esqueceu de nossa conversa e observou atentamente o caminhar daquele homem. Quando voltou a olhar para mim, brincou ao perguntar em que ele iria mexer com aquelas luvas.

Além das batalhas dentro dos hospitais, durante esse tempo, o casal enfrentou uma briga com o INSS. Sem condições para trabalhar, Luis era muito jovem para se aposentar, mas a palavra “indeferido” nos pedidos de aposentadoria aparecia constantemente. Era preciso abrir um processo, mas a falta de dinheiro para pagar um advogado fez com que o casal estudasse o suficiente para montar a própria documentação e ganhar a causa. “Com o dinheiro que ele recebeu, começou a esquematizar tudo, inclusive, como eu ficaria sem ele. Eu era contra, pois queria que ele gastasse o dinheiro com algo para ele, mas mudamos de casa, mobiliamos. ‘Tudo que eu quero fazer já não posso mais’, ele dizia. O quadro dele ia se agravando cada vez mais, ele já usava oxigênio em casa e várias vezes teve colapsos, no qual eu tinha que subir nele e fazer massagem cardíaca. Ele voltava sem entender nada e eu chorava”, revelou. Conforme o tempo e a saga nos hospitais se prolongavam, Luis ficava cada vez mais bravo e impaciente. “Toda hora ele falava que não queria mais ficar lá [no hospital]. Eu ia para casa, tomava um banho e, de repente, tocava a campainha e era ele, que tinha ‘se dado alta’. Eu acabei pegando um pouco desse jeito dele e me vi várias vezes arrumando briga no hospital, querendo entrar em lugares que não podia.”

O que ninguém esperava era que o temperamento e a observação de Luis naqueles hospitais o levariam a tomar uma grande atitude: “No último ano de vida, ele chegou em mim na maior naturalidade e começou a falar o quanto era ridícula a cena dele dentro de um caixão, rodeado de gente chorando e até mesmo com pessoas falsas no recinto. Ele também achava besteira a cremação. Então, começou a me mostrar que, devido sua estada nos hospitais, conseguiu perceber o quanto a medicina pode ser falha e quantos médicos não sabem o que estão fazendo”, relembrou. Diante disso, Luis começou a pesquisar e descobriu que algumas universidades aceitavam a doação do corpo humano para estudo e pesquisa. Interessado, ele mandou um e-mail para várias instituições e recebeu resposta apenas de uma: a Unifesp. Sônia explicou que, apesar do contato virtual, ele queria saber mais sobre a prática, pessoalmente. Fiquei curiosa para entender qual foi sua reação ao saber da ideia de seu companheiro, e perguntei sobre isso. Ela me explicou que sempre soube de sua intenção, mas não levava a sério. “A mãe dele não sabia de nada. Quando a Unifesp respondeu, ele ligou e marcou uma conversa com um dos anatomistas aqui nesta sala, seu ‘xará’, o professor doutor Luis Garcia Alonso. Eu não dei a mínima e nem fui com ele. Me recusava a pensar naquilo, eu achava que era mais uma de suas loucuras. E vamos combinar… doar o próprio corpo está completamente fora dos padrões da sociedade. Temos em nossa mente desde a infância que, quando alguém morre, vemos um caixão, velório, enterro e tudo mais. Ele começou a ir várias vezes na universidade, falando para as secretárias que tinha um material genético para ser estudado. Eu ria nessas horas, pois o material era ele. Em um desses dias, quando chegou em casa, estava muito animado, a doação do corpo daria certo. No dia 26 de julho, data do meu aniversário, ele assinou o termo de doação e levou para o cartório registrar”, recordou. Sônia chorava, mas tentava assimilar a ideia, enquanto seu companheiro explicava como funcionaria o procedimento da doação após sua morte, mostrando todos os documentos que precisariam ser utilizados. Ele explicava que, após o falecimento, seu cadáver seria transportado para a universidade e lá aconteceria uma espécie de velório improvisado. “Quando ele falava a palavra ‘cadáver’, eu passava mal, odiava ouvir isso. Nada disso entrava na minha cabeça, mas eu estava aceitando pois era o corpo dele, era o desejo dele… e eu teria que respeitar.” Além dela, existia um “cúmplice” para ajudar no processo.  Edgar, vizinho do casal e amigo de Luis. O objetivo era que Edgar ajudasse Sônia naquele momento difícil.

Chegou o ano de 2012. A situação estava crítica e Sônia costumava ligar para a Unifesp pedindo conselhos do que poderia fazer, pois seu companheiro mal comia e bebia. Segundo ela, os anatomistas, em especial o professor Alonso, eram extremamente prestativos e atenciosos. Nessa fase, ela precisou pedir demissão do emprego para dar 100% de atenção a Luis. Constantemente ela usava as mãos para gesticular e emocionada, levantava da cadeira para representar a cena que estava relatando para mim. Aquele foi um desses momentos.

No dia 22 de dezembro, Sônia foi acordada por seu marido, que já havia feito o café. Enquanto ela caminhava para o banheiro, Luis contava que teve sonhos estranhos e que explicaria melhor mais tarde. Na cozinha, ele estava sentado à mesa enquanto Sônia estava preparando seus remédios na pia. Ao ouvir um grande barulho, ela se virou e encontrou Luis debruçado sobre a mesa – Sônia repetiu o gesto e mostrou exatamente como ele fez, debruçando-se sobre a mesa de reunião do museu. “Eu gritava, chamando por ele. Levantei seu corpo e comecei a fazer o mesmo procedimento de sempre, socando o seu peito. Os vizinhos me escutaram e tentavam pular o muro para me ajudar. Eu estava em transe, com a certeza de que ele estava passando mal como nas outras vezes, mas ele realmente não estava mais lá. O Samu [Sistema de Atendimento Móvel de Urgência] chegou para buscá-lo e não sei como o levaram, pois sabemos que após o óbito o transporte não é realizado. No hospital, quando eu soube da morte dele, fiquei pensando se eu não tinha conseguido reanimá-lo da forma correta”, relatou. E foi na ala de emergência do hospital que Sônia despertou para o que realmente importava naquela situação: o desejo de Luis. Quando os médicos perguntaram se a córnea de Luis poderia ser doada, ela imediatamente lembrou da missão que precisaria cumprir. Então, relembrou, bastante emocionada: “Eu vi o Edgar e comecei a gritar para que ele me ajudasse a não deixar ninguém mexer no Luis. Quando tentei explicar, acharam que ele doaria os órgãos. Ninguém naquele hospital sabia do procedimento de uma doação voluntária do corpo, nunca tinham passado por aquela situação. Ninguém conseguia me ajudar e começaram a me perguntar se eu realmente gostaria de levar aquilo adiante. Eu confirmei, pois era o desejo dele.”

Arquivo pessoal de Sônia Pacheco

Sônia explicou-me que um grande problema no trâmite da doação do corpo de Luis foi que tudo estava acontecendo no fim do mês de dezembro e, nessa época, a Unifesp estava em recesso. Mesmo com o telefone de todos os anatomistas, demorou o dia todo para que conseguisse entrar em contato com um deles. A mobilização de Sônia, dos familiares e dos anatomistas para trazer o corpo à instituição foi grande, pois foi preciso realizar um B.O. (Boletim de Ocorrência) na delegacia. O hospital não queria dar o atestado de óbito, pois o corpo já havia chegado sem vida, mas sem o atestado e a certidão, a Unifesp não poderia receber o corpo. Ali, o caos começava a se instalar no trâmite da doação do corpo de Luis Carlos. E a única que poderia enfrentar essa batalha era Sônia.

O professor Alonso, que se tornou médico de Luis e acompanhou sua história, havia voltado de viagem para preparar o atestado de óbito e ajudar Sônia no processo. Com isso, foi possível transportar o corpo para o SVO (Serviço de Verificação de Óbitos). O desespero foi grande. De uma doação voluntária do corpo, Luis se transformava na ideia do cadáver não reclamado de um Serviço de Verificação de Óbito, e isso afetou profundamente Sônia. “Sentia que ele estava como um indigente lá. A minha preocupação era que mexessem nele – e ninguém me dizia nada. Alonso me tranquilizava o tempo todo, explicando o motivo daquele procedimento e me garantindo que o corpo chegaria à Unifesp. Eu fiquei de plantão naquele SVO, esperando alguma notícia. Quando a noite caiu, fui obrigada a voltar para casa e vi que tudo estava no lugar, exatamente como no momento em que ele morreu. A vontade era de desabar, mas em vez disso, tive a audácia de esquentar o café que ele havia feito para tomar”, contou. Enquanto isso, a falta de informação fez com que Sônia não soubesse que apenas dentro de um prazo de 15 dias após a morte é que se torna possível fazer o registro de óbito no cartório. Novamente, ela teria que abrir um processo, que seria avaliado no Ministério Público. A viúva salientou que, assim como no caso do INSS, ela mesma montou o documento e levou para o cartório. Quando finalmente conseguiu a certidão de óbito, doutor Alonso preparou a documentação correta para que o corpo fosse transportado do SVO para a instituição. Sônia foi junto e percebeu que o pequeno velório e despedida que seu companheiro havia informado que aconteceria não poderia ser realizado. “A última vez que eu vi o seu corpo foi no hospital, quando o colocaram dentro de um saco cinza. Era muito estranho passar por tudo aquilo, mas, ao mesmo tempo, não teve escândalo, choro ou gritaria. Todos estavam engajados para que o desejo dele fosse realizado. Da forma mais calorosa e acolhedora possível, o professor Alonso me disse que devido a tudo o que aconteceu, não dava para ter uma despedida, pois o corpo ficou muito tempo na geladeira do SVO. Ele me confortou e disse que seria melhor se eu não visse o corpo naquele momento. Eu estava arrasada, mas ele estava certo. Eles têm essa sensibilidade com os familiares de doadores”, confessou. Era como Sônia realmente falou: tudo relacionado ao Luis sempre foi muito intenso, inclusive sua morte.

Após a saga da doação voluntária de Luis chegar ao fim, Sônia entrou em depressão. Sem conseguir dormir direito, ela relatou que as pessoas não entendiam o fato de que não existiu velório e de não ter uma lápide para chorar. Voltando para a casa da mãe, a viúva, desempregada, sentia-se sem identidade, vazia. “Eu ia muitas vezes para a Unifesp, dizia para eles que ia falar com tal anatomista, mas a verdade é que eu não queria falar com ninguém. Ficava sentada no jardim do edifício, olhando para as janelas com vitrôs abertos, na esperança de ver os cadáveres e reconhecer o do Luis”, revelou. Quando começou a trabalhar novamente, Sônia passou a melhorar de sua tristeza e, aos poucos, não sobrava tempo para pensar em coisas ruins ou visitar a instituição. Logo após o processo ser resolvido, o doutor Alonso lhe informou sobre o culto ecumênico, que sempre era realizado no segundo semestre do ano. Nas primeiras vezes que esteve no evento, junto com sua sogra, chorou e sofreu muito. Depois, ela percebeu que o culto ajudou para que ela pudesse se reerguer. “O ser humano é muito complicado. E ali conseguimos ficar todos juntos em um mesmo ambiente, com idades, pensamentos, ideias e religiões diferentes, tudo em prol de uma causa maior relacionada à ciência. O culto mostra que o respeito e o amor estão acima de qualquer coisa, e estar lá dentro me fez refletir que, se o mundo fosse dessa forma, com certeza seria um lugar muito melhor de viver. Além disso nos faz entender o pensamento de amor que um doador tem ao tomar tal decisão. O evento fez com que eu pudesse analisar o pensamento do Luis e o motivo de ele ter sido desprendido do próprio corpo”, ela declarou, garantindo que hoje enxerga que foi um grande erro não ter acompanhado seu marido até a Unifesp, para entender melhor o propósito da doação. “Se eu tivesse feito isso, talvez as coisas seriam mais fáceis depois. De qualquer forma, a Unifesp foi maravilhosa com o Luis, no início, e comigo, no final. Agora eu sei que o trâmite de uma doação não é fácil e que parte disso é devido à falta de conhecimento meu e das pessoas, inclusive as de altos cargos, que poderiam facilitar o procedimento dessa causa.”

Para exemplificar o que estava dizendo, Sônia lembrou de quando publicou pela primeira vez em suas redes sociais sobre o culto ecumênico que participaria. A reação das pessoas foi “8 ou 80”: “Uns ficaram admirados e impressionados em como o Luis teve um gesto tão nobre e falavam da beleza do culto. Outros ficavam horrorizados. Escutei pessoas insinuarem que eu doei o corpo de Luis para não gastar dinheiro com o enterro.” Fiz uma expressão de espanto, embora não estivesse surpresa com sua declaração. E mesmo diante de todos os problemas, Sonia seguiu acreditando nos processos, processos estes que não tinham visibilidade midiática em 2012 – e que continuam sem visibilidade ainda hoje. Com uma bela careta e uma mudança engraçada no tom de voz, Sonia falou que nunca viu uma notícia sobre o assunto na mídia: “Não sei! Nunca vi nada! Só vejo a respeito de doação de órgãos. Este, sim, é um tipo de doação que é visto em todos os lugares, jornais, televisão, inclusive nos cartazes estampados nas paredes dos hospitais.”

Ao encerrar nossa conversa, quis saber se aquela mulher na minha frente, que havia passado por uma triste e inusitada aventura, realizaria a mesma ação de seu marido. Ela diz que constantemente pensa nisso e que com certeza doaria para a Unifesp. “Hoje, a realidade da morte, para mim, é a doação, e não o enterro ou cremação. Mas vamos supor que a Unifesp feche as portas e não exista mais. Então, eu precisaria estudar melhor a possibilidade em outras universidades, pois minha experiência foi aqui nesta instituição, entende?”, declarou. Questionada se a doação é um pensamento ou já é uma certeza, ela se enrola, deixa um silêncio no ar por alguns segundos e finalmente responde com muita sinceridade. “Eu acho que isso vem com a idade; se eu estivesse doente agora, aí sim eu já faria. A gente já nasce sabendo que vai morrer, mas não gosta de pensar nisso. Então, hoje eu não penso, hoje eu vivo.”

Sônia Regina garantiu que conheceu o amor de todas as formas, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença. Embora muitos não saibam o que é isso, ela tem certeza absoluta que irá morrer sabendo o significado mais amplo do amor verdadeiro. Para ela, a maior herança que Luis deixou foi o impacto de sua escolha final. A atitude dele a fez pensar mais na vida e a dar mais valor para as coisas e os momentos. Sônia deixou a Unifesp após quatro horas de conversa, na qual pode despejar várias doses de sorrisos, lágrimas, tristezas e alegrias sobre mim, dando-me a certeza de que aquela mulher ainda vai viver intensamente sua vida, para talvez deixar uma intensa missão após sua morte… assim como o amor de sua vida viveu e morreu.

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Crédito da imagem: Autora

Capítulo do livro:O que você quer ser quando morrer?

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